As origens da Terapia Autogénea
A Terapia Autogénea foi desenvolvida no início do século XX pelo psiquiatra e neurologista
Doutor Johannes Schultz (1884-1970).
Schultz foi profundamente influenciado pela investigação do Professor Oscar Vogt, um
psiquiatra que dedicou a sua vida à medicina psicossomática, àquilo que chamava o
"problema mente-corpo". Vogt notou que os pacientes ao praticarem exercícios verbais
simples para induzir a hipnose, relatavam um estado de bem estar assim como sensações
de peso e sensações agradáveis de calor. Sintomas como por exemplo, dores de cabeça,
fadiga e ansiedade tinham tendência a desaparecerem.
Schultz questionou sistematicamente se seria possível atingir um estado similar sem hipnose,
dirigindo simplesmente a atenção para sensações de peso e calor nos membros superiores e
inferiores. Descobriu que era possível em determinadas circunstâncias, utilizando a
concentração passiva em combinação com formulas verbais simples.
Em 1932, Schultz publicou a primeira edição da Terapia Autogénea (Treino Autogéneo) que
detalhava as aplicações clínicas das seis fórmulas autogéneas que, ainda hoje, formam o
núcleo da Terapia Autogénea.
Nos anos 40, o Dr. Wolfgang Luthe estudou medicina psicossomática e Terapia Autogénea
com Schultz. Luthe emigrou para o Canadá nos anos 50, continuando a desenvolver a técnica
em Montreal. Schultz e Luthe colaboraram na redacção de mais cinco volumes sobre a Terapia
Autogénea que constituem o trabalho base acerca do assunto e que foram publicados em 1969.
O método foi introduzido em Inglaterra em 1978 e a British Association for Autogenic Training
and Therapy (BAFATT) foi fundada em 1984 tendo sido o seu nome modificado para o actual, British
Autogenic Society (BAS), em 1999.
A Terapia Autogénea é praticada em muitos países do mundo, em particular na Europa e no Japão.
Bibliografia
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(Suppl) 201-208.
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Journal of Holistic Medicine, 1(2) pp 142-147
Kermani, K.S. (1987) Stress, emotions, autogenic training & Aids. British Journal
of Holistic Medicine, 2 pp 203-215
O'Moore, Harrison, Murphy e Carruthers (1983) Psychosomatic aspects in idiopathic
infertility: Effects of treatment with Autogenic Training. Journal of Psychosomatic
Research, 27, pp 145-151
Schultz, J & Luthe, W. (1969) Autogenic Therapy, Vol 1-6. Grune & Stratton, New York
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